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Análise da Sensibilidade

O acto de imposição de qualquer tipo de condição no problema, acarreta necessariamente um custo. Se algum valor constante da solução óptima "encosta" a alguma das imposições, isso significa que a liberdade do cálculo de caminhar para o menor custo, foi cortada nesse ponto. Se, por exemplo, se impôs um mínimo de proteína de 16% e a solução óptima tem exactamente 16%, isso significa que a busca do menor custo tendia para um valor inferior. O custo imputado à solução óptima pelo facto de se ter feito essa restrição, designado por custo marginal, pode ser maior ou menor, pode ter ou não um peso forte no custo final. É, portanto, importante medi-lo, para se poder ter a sensibilidade necessária para se efectuarem pequenos ajustes que, quando possíveis, podem proporcionar significativos benefícios. Tal medida faz-se pela análise do benefício que traria ao problema, pensando no nosso exemplo, considerar-se um mínimo de 15 em vez de 16%, ou pelo prejuízo que, ao invés, se obteria se o mínimo fosse de 17%. Contudo, este custo marginal só é verdadeiro na zona do limite imposto. Pensando de novo no exemplo, não é forçoso que o custo marginal calculado se mantenha inalterável desde os 15 aos 17%. Pode por exemplo sê-lo desde 12.5 até 16.7, ou desde 15.9 a 23.6. A proximidade dos limites desse intervalo de validade do custo marginal ao limite fixado dá uma indicação tão importante como o próprio valor do custo marginal relativamente ao que é possível (ou vale a pena) sacrificar para melhorar o custo. Mas por vezes isso esbarra com problemas nutricionais incontornáveis. Só a prática da análise da sensibilidade pode fornecer ao operador a suficiente sensibilidade para a análise.

Elementos do quadro de análise

  • Restrição - Identifica a restrição em análise, que pode ter três origens distintas: o lote (a quantidade para a qual se formula é, só por si, uma limitação - numa quantidade menor poderiam, com lucro, "caber" todos os teores impostos ou, pelo contrário, poderia ser favorável "abrir" esse limite); os limites nutricionais e os limites de matérias-primas.
  • Tipo - Informa sobre o tipo de restrição em análise: mínimo (MIN), máximo (MAX) ou fixo (Fmin ou Fmax). No caso de se tratar de um fixo, obtém-se de imediato a informação sobre o comportamento do limite fixo: se for Fmin, estamos perante um fixo que teve comportamento de mínimo, i.e., o cálculo "queria" um valor ainda menor; se a indicação for de Fmax, ao contrário, ganhar-se-ia em aumentar o valor do limite fixado.
  • C.Marginal - Medida do custo imputado pela restrição na proximidade do valor imposto.
  • Limite - Limite do intervalo de veracidade do custo marginal, do lado do custo (esquerdo se for um máximo, direito se for um mínimo)
  • Custo - Valor que se perderia se se substituí-se o limite fixado pelo limite do lado do custo.
  • Lim.fix. - Valor imposto no problema.
  • Limite - Limite do intervalo de veracidade do custo marginal, do lado do ganho.
  • Ganho - Valor que se ganharia se se substituí-se o limite fixado pelo limite do lado do ganho.

Elementos do quadro de síntese

  • Código - Código do problema.
  • Descrição - Descrição do problema.
  • Solução - Conforme o problema tenha ou não solução, apresenta os valores "Óptima" ou "Não admissível".
  • Quant. Total - Confirma a quantidade expressa no lote. Nos casos de não admissibilidade, por vezes, isso não acontece, sendo  essa a única razão visível para a não admissibilidade.
  • Custo por Kilo - Apresenta o custo por kg do composto.

Comandos

Quadros de resultados

  • F2-MPs Incluídas - Informação sobre a solução óptima do problema.
  • F3-Análise Nutricional - Teores nutricionais da solução.
  • F4-MPs Recusadas - Informação sobre as matérias-primas oferecidas no problema mas que não entram na solução.

Diversos

  • F6-Form.Fabrico - Avança para o quadro da fórmula de fabrico, transportando os resultados da optimização.
  • F7-Imprime - Imprime o problema de acordo com os critérios dos parâmetros do relatório de optimização.